sábado, 24 de julho de 2010

Sou uma sacola com problemas psicológicos!!!!

Toda vez que entro no Pão de Açúcar e vejo a cena da foto respondo mentalmente para a sacola: " Não, você não é uma sacola verde, você é bege e um dia ficará branca de tanto ser lavada. Reze para ser comprada e usada, porque a maioria das pessoas não tem consciência ecológica e pode ser que você passe a sua vida inteira pendurada aí, vendo o ir e vir das pessoas. Ou procure um psicólogo para te ajudar a descobrir quem você é, mas definitivamente e sem sombra de dúvida, você não é verde. Desculpa ser eu a ter que dizer isso pra você."




E por causa desta atitude correta do Grupo Pão de Açúcar frente ao que fazemos contra nosso planeta em termos de conservação e utilização dos recursos naturais, minha cabeça virou um liquidificador de ideias. Veja só o que uma sacola em crise de identidade pode fazer com um cérebro hiperativo!




Ocorreu-me que sempre que falamos em ecologia, ecossistema, sustentabilidade, Direito Ambiental, conservação dos recursos utilizamos a cor verde como referência. Não consigo entender por quê!!!



















Nosso planeta é azul, isso já foi provado pelas imagens de satélite feitas do espaço. A superfície da terra é recoberta de 75% de massas líquidas, ou seja, água! Leitores, que cor é a água pra vocês (daltônicos não respondam, nem você sacola!!!)? Pra mim a água é azul, assim como o céu. Conforme a profundidade da água ou as mudanças climáticas do tempo em relação ao céu, mudam os tons e nuances, mas sempre será azul combinado com alguma outra cor, que dá vida aquela imensidão de paz e de beleza divina. Sei que físicos e químicos talvez contestarão essa reflexão, mas estou falando da experiência empírica e não de pesquisa científica.


Por outro lado, a sacola em seu grito público de "eu sou uma sacola verde", fez-me girar o foco para outro lugar, aquele solitário e escondido, onde ficam as pessoas que não se conhecem. Que precisam ser verdes, que acham que são verdes, que acreditam que ser verdes é a única e melhor alternativa a seguir. E esquecem da beleza que é ser bege. Uma cor que aceita a interação com todas as outras. Que reflete muito mais a luz do sol, que alimenta a imensidão da vida neste lugar, muito mais do que o verde.

Quantas pessoas você conhece que afirmam ser verdes e você tem a nítida sensação de que está vendo outra cor e se pergunta: mas porque este cidadão insiste com verde se está claro para todo mundo que é bege!!! E porque tanto repúdio ao bege... medo de descobrir um mundo de infinitas possibilidades não exploradas? Afinal, o bege é diferente do verde e terá experiências diferentes dele. E tem mais!!! Bege, para a opinião pública é insono, verde é ecologia, em que pese nosso mundo natural ser azul e ninguém nem se lembrar dessa cor nessa hora.

Quem tem natureza bege e continua sendo verde para agradar aos outros contribui para o daltonismo emocional que virou doença contagiosa num mundo que acredita cada vez mais na razão pura. Quem é bege e quer ser verde está condenado, talvez, a ficar pendurado em algum supermercado da vida, assistindo ao ir e vir das pessoas, porque quem não sabe o que é, não sabe onde está, então qualquer lugar serve.

E aí, depois de pintar um quadro em bege, azul e verde no pensamento, volto para o mundo real e preciso admitir caro leitor, nunca comprei essa sacola problemática.

Não porque eu não preserve o meio ambiente ou não adote de coração a ideia de proteção ecológica. Tenho três sacolas retornáveis que me acompanham ao supermercado. Uma é bege (risos), com logotipo e dizeres do Projeto Tamar, de proteção às tartarugas da Praia do Forte-BA, comprada para este destino, a outra é vermelha, presente da Citroen na revisão do meu carro, e a terceira é bege também (risos), com o logo da HBO, também presente.



O fato de eu não comprar a sacola  "verde" é que sempre me pergunto: se ela é vendida no Pão de Açúcar, é exposta na entrada do supermercado, como que eu provo no caixa que a sacola que está comigo é minha, já paga em ocasião anterior, e não uma daquelas que até minutos atrás estava ali, gritando ao mundo que é "verde", já que todas são iguais?


Entre a vergonha e o constrangimento de acharem que furtei uma sacola retornável e levar uma sacola ecológica que jamais poderia ter sido adquirida naquele supermercado, eu levo a minha. O importante é dizer chega aquele monte de sacolinhas plásticas que vão acabar um dia boiando no Rio Tietê...ou nas ruas de São Paulo...quando chover demais...



Aí pensei, será que mais alguém deixou de comprar essa sacola pelo mesmo motivo? Ou foi porque ela se acha "verde"?

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Eu “me finava” e você?

Sempre que escuto a expressão “eu me finava quando era pequena” tenho sentimentos peculiares. Há a sensação de saudade, “de volta pra casa”, porque para usar esta expressão a pessoa tem que ser gaúcha ou pelo menos ter vivido no Rio Grande do Sul, ao mesmo tempo em que sinto um orgulho bairrista egoísta e, diga-se de passagem, nada nobre, admito, de saber que nenhum dos “não-gaúchos” participantes do diálogo sabe o que aquilo significa, acompanhado de um sentimento de identificação psicológica: encontrei alguém que fazia algo que eu já fiz quando era criança!!!

Certo dia, estávamos em minha casa, comendo fondue, uma amiga paulista, uma amiga gaúcha e seus pais, também deste Estado e eu. Conversávamos sobre trivialidades quando os pais de minha amiga gaúcha começaram a relatar sua experiência em terem sido pais de uma criança que “se finava”, a minha amiga.

O engraçado da história era ver a perplexidade da minha amiga paulista e o esforço para entender a expressão “se finar”. E os comentários dela ao final: “minha irmã é pediatra e nunca comentou sobre crianças que se finam. Será que isso acontece só no Rio Grande do Sul ou em São Paulo tem outro nome?” “Não me lembro de ninguém que se finava lá em casa...”

Rimos muito, principalmente porque eles comentaram que o pediatra dizia que “pior do que aguentar criança que se fina é aturar a mãe delas”.

Comentei a história com minha mãe e ela, aos risos, relatou-me: “Tu te finavas!!! Tu não vais lembrar, tu eras muito pequena!!! E aconteceu várias vezes...Eu resolvi o problema sem querer, tu não vais acreditar! Uma vez tu estavas te finando...eu fiquei completamente desesperada e saí correndo contigo no colo, tu tinhas uns três anos...na corrida e no pânico, sem querer, bati a tua testa na porta de correr que tinha entre a sala de estar e a cozinha....finalmente tu conseguiste chorar e depois daquilo, graças a Deus, nunca mais te finaste...serviu de lição...” (OBS.: não tive coragem de escrever como falamos...a gente não conjuga o verbo na segunda pessoa, rs).

“Finar-se” significa, segundo o iDicionário Aulete de Língua Portuguesa: acabar; findar; perder vitalidade, força; consumir-se; delibitar-se; chegar ao final; encerrar atividade, ciclo, existência.

Esta expressão é utilizada no Rio Grande do Sul como sinônimo para “espasmo do choro ou do soluço”, também conhecido popularmente como “crise de perda do fôlego”. Atinge bebês e crianças de zero a quatro anos.


Esta situação ocorre quando a criança leva um susto, é contrariada ou sofre uma frustração, então, para chamar a atenção dos pais, numa espécie de “chantagem sem palavras”, ela prende a respiração até desmaiar. Normalmente isso acontece em conjunto com o choro. É como se o choro fosse tão forte que a criança ficasse temporariamente incapaz de respirar. Algumas chegam a ficar roxas, desmaiam, viram os olhos, mexem desgovernadamente os braços e as pernas, geralmente assustando muito os pais. Parece, para quem assiste, um evento antecedente a uma convulsão, que na verdade, não ocorre nem nunca ocorrerá, pois nunca foi identificado pelos médicos nenhuma alteração elétrica no cérebro, para esses espasmos do choro.

















Reza a lenda, que os bebês vítimas de “crise de perda do fôlego” também são vítimas de pais ansiosos e controladores.

Não existe tratamento eficaz e não há sequelas, é somente um estado transitório.

O que mais evita as crises é a conservação de um ambiente sereno e equilibrado e o diálogo e interação com a criança para que ela possa lidar melhor com as contrariedades sem se utilizar deste expediente, digamos, “mesquinho”.

Para que a crise passe, quem estiver com a criança pode soprar seu rostinho, colocar o dedo em sua boca mexendo na língua, beliscar levemente os pés do infante ou mesmo virá-lo de cabeça para baixo.

Ou fazer como a minha mãe...que saiu correndo tão desesperada, achando que a filha ía morrer, que perdeu a noção básica das leis da física (dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, lembram?)...Graças ao galo na testa, parei de “me finar” e comecei, certamente, a fazer outros tipos de chantagem emocional...provavelmente optei por alternativas que tinham mais “garbo e elegância”!!!

Obrigada mãe, por ter aguentado isso!!!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pequeno Dicionário Ilustrado de Expressões Idiomáticas

Sei que não é novidade para a maioria dos internautas, mas eu descobri esse trabalho autêntico e criativo somente esta semana. Fiquei fascinada, afinal "uma imagem vale mais do que mil palavras"!!! Estou me perguntando como seria a ilustração desta expressão, rs.

Parabéns aos responsáveis pelo Pequeno Dicionário Ilustrado de Expressões Idiomáticas, Marcelo Zocchio e Everton Ballardin, por me fazerem "rir com os olhos".
  


Engolindo sapo...
Procurando pêlo em ovo...
João Sem-braço....
Descascando o abacaxi...
Tirando água do joelho....
Chutando o balde...

sábado, 17 de julho de 2010

Medicamentos Genéricos - Trocando o ditado "o barato sai caro" por "o seguro morreu de velho"

Quem nunca comprou um medicamento genérico na farmácia, ao invés daquele efetivamente prescrito pelo médico, porque custava metade do preço do remédio de "marca"?

Pois é, fiquei estarrecida com o que minha médica me contou, quando sugeri a troca de um medicamento, que faço uso contínuo, pela sua versão genérica.

Ela relatou que uma paciente sua fez a troca, com o intuito de reduzir o custo do tratamento. Após algumas semanas, observou que a  medicação genérica não fazia efeito, então, resolveu voltar para o remédio de marca antes utilizado, mas seu organismo não mais respondeu a essa droga, tendo a médica que alterar o fármaco prescrito, por um de outra natureza, mas que pudesse ser usado para o trato da mesma doença. Ou seja, bagunçou todo o tratamento, que até esse evento, vinha apresentando bons resultados.

Acabei por interrogar outros profissionais da área de saúde e li também algumas matérias publicadas na Internet, o que me deixou realmente preocupada!!!

A maioria dos médicos não é a favor do uso da medicação genérica ou da similar, pois as drogas, na maioria das vezes, não foram devidamente submetidos aos testes de equivalência farmacêutica e biodisponibilidade, apresentando, por isso, problemas de eficácia e qualidade.

Chegam a ocorrer situações em que é necessário prescrever doses altíssimas de medicação similar, para conseguir o mesmo efeito de um medicamento de marca registrada, o que acaba por gerar no paciente diversos efeitos colaterais, tais como o famoso "efeito rebote" (sonolência, irritação, falta de cognição, etc) naqueles que fazem uso de fármacos que alteram o equilíbrio químico do cérebro, ou seja, barbitúricos, psicotrópicos, ansiolíticos, os famosos diazepam, lorazepam, clorazepam, fluoxetina, anfepramona...

O que me chama mais atenção em nossa cultura, é a contradição de comportamentos frente aos remédios.

No mesmo país em que as pessoas tomam sibutramina como se fosse aspirina, compram remédios de tarja vermelha sem prescrição e sem sequer terem passado em consulta médica, é o mesmo país em que ainda é tabu procurar um psiquiatra quando os sintomas apresentados são de doenças psíquicas e não físicas.

É nesta pátria que se acusam os médicos de prescreverem medicação cara e de "grife" porque se suspeita de que TODOS OS MÉDICOS recebam "favores" dos laboratórios. 

Mas é também neste mesmo território que as pessoas sofrem de surdez moral na farmácia, quando o atendente sugere a troca do remédio de "marca" indicado na receita, pelo genérico ou similar, bem mais barato. Ou seja, porque há uma vantagem financeira IMEDIATA para quem compra, não é registrado na mente o fato de que "ALGUÉM TALVEZ ESTEJA RECEBENDO FAVORES DOS LABORATÓRIOS" para oferecer a troca. Até porque, qual o vendedor que sugeriria o produto mais barato para um cliente que veio comprar o mais caro?

Não que eu esteja criticando a lei que instituiu os genéricos no país. A ideia é nobre e a iniciativa fantástica. Muitas pessoas puderam tratar seus desequilíbrios orgânicos graças a esta medida. Este tipo de lei vai totalmente ao encontro de preceitos constitucionais garantistas, o que muito satisfaz meu desejo de justiça e cidadania.

Minha indignação vai para a falta de responsabilidade social dos laboratórios fabricantes, vai para a falta de fiscalização e controle da agência reguladora e das autoridades governamentais, vai para quem se dispõe a sugerir a troca do medicamento de "grife" pelo genérico SEM AO MENOS alertar o paciente dos riscos a que ele está exposto.

Pergunto: Se custasse a metade do preço, você tomaria alguma dessas bebidas em seu formato genérico sabendo que a qualidade não seria a mesma, ou ficaria com a bebida de "marca?"

Se você optou pela de marca, eu questiono: então porque você arriscaria a eficácia de um tratamento para curar alguma doença, que pode, inclusive, colocar sua vida em risco, optando pelo genérico?

PENSE NISSO!!

Sobre esse assunto, veja essa matéria:



quinta-feira, 15 de julho de 2010

PEDALINAS, MINHAS HEROÍNAS!

Ouvi hoje na rádio CBN, enquanto navegava meu pequeno bote pelas ruas alagadas de São Paulo, o Gilberto Dimenstein, falando sobre as Pedalinas.

Dizia ele que um grupo de mulheres, fãs da prática do ciclismo e moradoras desta capital, preocupadas com os obstáculos e perigos do uso da bicicleta, tanto como meio de transporte quanto por esporte, tiveram uma idéia brilhante: reuniram-se em assembléia e após deliberações fundaram um grupo chamado “Pedalinas”!!!

Fiquei muito curiosa e resolvi pesquisar o blog do grupo na internet e acabei me deparando com matéria sobre elas na Folha de São Paulo do dia de hoje.

As Pedalinas, utilizando-se de uma receita antiga, mas muito eficaz, que é a força que vem das relações humanas, construíram um Clubinho da Luluzinha que é um exemplo de cidadania e sustentabilidade para esta cidade.

Elas vão a qualquer lugar da Paulicéia Desvairada, pedalando. E vamos combinar! Não deve ser nada fácil vencer o trânsito de São Paulo com uma bicicleta!!! Com o carro, a gente quase se transforma no Michael Douglas em “Um dia de Fúria”!

Diferentemente das outras metrópoles do mundo, a cidade não tem estrutura, sinalização ou mesmo apoio das autoridades de segurança pública, para garantir o livre trânsito e a integridade física dos ciclistas. Pudera, há tantas coisas pra se fazer por esta cidade, ainda no plano básico, que pensar em ciclismo é luxo.


















Recentemente passamos a ter uma das pistas da Av. República do Líbano e parte da Av. Hélio Pelegrino interditadas aos domingos para a prática do ciclismo, o que já foi algo considerável e digno de nota.

São Paulo, como cidade, e seus habitantes, enquanto seres humanos saudáveis, só teriam a ganhar, caso houvesse políticas públicas nesse sentido. Estaríamos caminhando, com certeza, em direção a um aprimoramento mais sustentável.

Enquanto penso nisso, olho, aqui do 14º andar do prédio onde trabalho, a chuva caindo fininha lá embaixo, na Berrini....a rua mais "zicada" em termos de trânsito de Sampa, e estou pensando com os meus botões: “Hum....Se eu fosse uma Pedalina não pegaria trânsito pra chegar em casa...e hoje vai estar hors concours....por causa da chuva....Pedalinas andam de bicicleta na chuva? Se houvesse uma forma mais segura de andar de bicicleta...hum...quem sabe eu não viria trabalhar assim? Hum....logo, seria um carro há menos poluindo, um carro a menos "zicando" a Berrini, uma futura hipertensa a menos no mundo.....uma sedentária a menos.......rsrs...acho melhor eu trabalhar e parar de divagar....”















PEDALINAS! PARABÉNS PELA CORAGEM E PELA INICIATIVA! VOCÊS GANHARAM, NO MÍNIMO UMA FÃ!



Matéria na Folha:

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/767246-clube-da-luluzinha-vai-de-bicicleta-ate-para-balada.shtml

Site das Pedalinas:

http://pedalinas.wordpress.com/about/





domingo, 11 de julho de 2010

Feira de Arte da Praça Benedito Calixto - cada visita, uma novidade


Eis um lugar que sempre surpreende! A gente pode voltar a esta feira de artes mais de vinte vezes que sempre terá algo que irá chamar atenção, tendo passado desapercebido nas outras visitas.
Resolvi comer alguma coisa, enquanto circulava pelas barracas que expunham antiguidades e artesanato em geral. Fui até o setor da feira que vende quitutes. Lá dei de cara com um doce chamado "Espera Marido", o único dentre os existentes que eu não conhecia. Indaguei à vendedora, do que se tratava e ela me respondeu: esse doce, moça, é que nem doce-de-leite, só que a gente usa limão pra cortar o leite e deixar ele assim". Qual não foi a minha surpresa ao perceber que o tal de "Espera Marido" nada mais era do que a famosa "Ambrosia", que se fazia lá em casa...

Acabei pedindo "Baba de Moça", mas confesso que estou pensando seriamente em voltar à praça no sábado que vem só pra comer o "Espera Marido".

Para quem não puder ir até lá provar o doce ou mesmo para aqueles/aquelas que adoram cozinhar, segue a receita:


ESPERA MARIDO

Ingredientes:

- 1 litro de leite azedo
- 500 g de açúcar
- 6 ovos
- cravos da índia
- canelas em pau

Modo de Preparo:

Coloque todos os ingredientes numa panela funda e mexa de vez em quando até chegar ao ponto desejado (formar bolinhas e ficar escura).

DICAS:
Para fazer o leite azedar, basta colocar suco de limão.
Quanto mais gordo e natural for o leite, mas gostoso fica o doce. Portanto, use leite integral e fresco (não longa vida).
Quanto mais ferver, mais escuro irá ficar o doce.
Melhor bater tudo no liquidificador, para ficar homogêneo.

AWAKE - A VIDA POR UM FIO

HISTÓRIA: Clayton Beresford (Hayden Christensen) é um rapaz arquimilionário e doido de amor por sua namorada Sam Loockwood (Jessica Alba), que, além meio cinderela, é secretária da mãe dele, a socialite Lilith Beresford (Lena Olin). Como a vida não é perfeita, ele tem dois problemões: precisa de um transplante de coração e também precisa enfrentar a ira da sua matriarca, contando a ela, que pretende se casar com a secretária. Bem, depois de muito ser pressionado (pela namorada, pelo médico dele, Jack Harper (Terrence Howard), pelo coração fraco, etc), ele resolve sacar o sabre e enfrentar o dragão-mãe...então casa com Sam na calada da noite e horas depois, pasmén é avisado, diga-se de passagem, pelo mesmo médico que convenceu o padre a celebrar a união aquela hora, de que arrumaram, finalmente, um coração novo pra ele. As pressas vai ao hospital para ser transplantado e aí é que o filme realmente começa. Clayton recebe a injeção de anestesia, mas acaba sendo vítima de um caso bem raro na medicina, que só acontece em 0,01% dos casos, chamado de “anesthesia awareness”, isto é, ele fica completamente paralisado, mas pode sentir tudo e ouvir tudo o que acontece no centro cirúrgico. Como se não bastasse isso para apavorar a mente do rapaz e de quem assiste, ele descobre que foi vítima de uma quadrilha de médicos psicopatas que pretendem matá-lo durante o procedimento cirúrgico e que sua amada Sam, faz parte de tudo isso. Bom, como o filme tá ficando interessantíssimos nesta parte....agora não vou contar o resto, porque já falei quase tudo.

MORAL DA HISTÓRIA: Pode parecer num primeiro momento que a moral da história é: obedeça a sua mãe!!!! Mãe sempre sabe das coisas!!! Mãe sente que tem alguma coisa errada! Mas, na minha opinião, a moral da história é bem outra....eu resumiria em: mesmo que sua mãe seja contra, faça sim, porque a vida é sua, você só tem uma, e ela não pode viver as suas experiências (leitores: isso só vale para maiores de 18 anos, tá?), masssssssss....se você for uma pessoa como Clayton Beresford, com um coração enorme (tava até falhando!!!), com sentimentos bons e com muito para dar para os outros (não só dinheiro, mas carinho, compreensão, amizade, etc), embora sempre tenha recebido muito pouco (você sempre dá mais do que recebe), ligue o alerta vermelho. Quando estamos carentes e temos um coração muito bom, tendemos a não perceber as pessoas oportunistas e sem caráter que se aproximam da gente.

MELHOR FRASE DO FILME: “Sam, eu desejo que você tenha o que você merece”, dita pelo espírito/mente de Clayton durante a anestesia....Eis a lei do retorno.....ação e reação...ela teve o que mereceu no filme!!!

VERACIDADE DE ALGUM FATO: A questão médica levantada no filme, de permanecer consciente e paralisado durante uma anestesia geral é realmente verdadeira, mas é uma condição raríssima. Inclusive, na 6ª temporada de Grey´s Anatomy, no Episódio número 13 - “State of Love and Trust”, acontece algo similar. A Associação Americana de Anestesiologia ficou bastante irritada com a forma que a questão foi abordada na televisão, tendo até endereçado carta aos produtores do seriado.

Quem quiser assistir na TV, AWAKE estará passando ainda, nos seguintes canais e horários:

TELECINE PIPOCA E TELECINE PIPOCA HD – 16/07/2010 – 23H40MIN e 19/07/2010 - 7H10MIN
SPACE E SPACE HD – 16/07/2010 – 12H30MIN e  17/07/2010 – 00H00MIN


Para saber mais sobre paralisia durante a anestesia geral visite os seguintes sites:

http://www.anestesiologia.com.br/seguranca.php
http://www.asahq.org/news/GreysAnatomyLetterUpdated121009FINAL.pdf
http://www.asahq.org/news/WebpostingoffollowupletterFINAL2810.pdf
http://www.lifelinetomodernmedicine.com/ArticlePage.aspx?ID=7a523389-67df-42ec-9e40-866f40261afa&LandingID=fc6eb1da-98e4-43c7-bb9f-09c17e2a005d