segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Fascinação por Harry Potter

Sei que falar sobre Harry Potter em um blog literário já não é nenhuma novidade, mas como recentemente concluí a leitura dos sete livros e assisti a todos os filmes disponíveis, não resisti em fazer uma postagem sobre esse assunto.

Tomei conhecimento da existência deste bruxinho maravilhoso no ano 2000, quando eu tinha 21 anos e estava morando na Alemanha e trabalhando como aupair (babá). Eu cuidava de duas crianças, uma menina de 6 anos e um rapazinho de 11 anos, este, apaixonado pelo Harry Potter.

Passei um ano inteiro ouvindo magias, fazendo brincadeiras envolvendo o bruxinho e louca para entender porque aqueles livros tão difíceis para mim, pois estavam escritos em alemão, causavam tamanha devoção nas crianças que iam brincar na casa onde eu residia.

Voltei ao Brasil em 2001, retomei meus estudos na faculdade de Direito e aproveitei para retirar na biblioteca os quatro livros da série que já tinham sido editados no Brasil. Simplesmente fiquei apaixonada por este mundo mágico tão espetacular.

Passaram-se dez anos e resolvi voltar a este assunto. Reli novamente os quatro primeiros livros no ano passado e neste mês li os três últimos. Aproveitei para conferir os filmes também.

O que mais me fascina nesta saga é o universo mágico criado por J. K. Rowling e de uma forma muito coerente e bem amarrada. Certamente eu não sou a única que se sente assim, senão a série não teria rendido a atração "Wizarding World of Harry Potter", inaugurada ano passado em um dos parques da Universal em Orlando, EUA.

Poder ter contato com os mesmo livros que os alunos de Hogwarts, tais como "Quadribol através dos Séculos", "Animais Fantásticos e onde habitam" e "Os Contos de Beedle, o Bardo", dão uma sensação a quem lê, de pertencimento ao mundo de Harry Potter.
















Imagine encontrar um lugar na escola, que é capaz de se transformar naquilo que mais se necessita no momento como a "Sala Precisa"? Poder "aparatar" e "desaparatar" (resolveria o problema do trânsito em Sampa, rs), consertar coisas com um simples movimento da varinha e comer "vomitilhas" para poder fugir a um compromisso com uma desculpa "quase" real de se estar doente? 

É, eu queria muito comer bolo de caldeirão e tomar cerveja amanteigada e, é claro, usar uma capa de invisibilidade sempre que necessário. Hum...fazer compras na "Dedosdemel"...rs...


Gostaria muito de que Harry Potter tivesse feito parte da minha infância, mas, infelizmente, eu já era adulta quando ele surgiu. Imagino como teria sido fantástico ter crescido junto com ele.

Por outro lado, é notável também a evolução da escritora em cada novo livro produzido por ela. Há um aprimoramento técnico e uma capacidade muito grande em atingir o público adequado. É fato que o último livro da série, As Relíquias da Morte, foi escrito em uma linguagem para adolescentes de 17 anos, ao contrário do primeiro livro, A Pedra Filosofal, cujo texto é bem mais infantil.

Além disso, há a possibilidade de leitura independente de cada volume, pois apesar de fazer parte de uma saga, cada livro tem sua individualidade e traz as informações necessárias sobre o passado para ser entendido completamente.

Pergunto-me também como deve ter sido difícil manter a coesão ao longo de sete volumes. Há fatos que aconteceram no volume 5, por exemplo, que são de vital importância para os desfechos do livro 7.

Não consigo pensar que J. K. Rowling tivesse planejado desta forma, o que aumenta mais ainda minha admiração pela sua criatividade.  Um livro em sua fase de concepção vai passando gradualmente por diversas modificações ao longo de sua produção intelectual até atingir o texto final que será publicado. Personagens somem, mudam de nome, morrem e ressuscitam. Passagens são reescritas e editadas ou mesmo se decide por suprimi-las. 

Rowling fez todas as escolhas certas, tanto do ponto de vista de imaginação e criatividade, quanto em termos de negócios e, principalmente,  dos valores e dos princípios sobre os quais a saga está construída, que são aqueles que deveríamos sempre cultivar em nossas vidas: amor, amizade, coragem e lealdade.

Não é a toa que a série de livros vendeu mais de 400 milhões de exemplares no mundo, desses, 3 milhões só no Brasil. 



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Quarto Encontro do Clube do Livro Bookworms - 16/02/2011

Se você, assim como eu, é viciada em leitura e mora em São Paulo, participar do Clube de Leitura Bookworms é uma ótima forma de trocar suas impressões e ideias sobre um livro que você leu justamente com essa finalidade, com pessoas que tem algo em comum com você, em um ambiente muito divertido e inspirador.





Informações sobre o quarto encontro:



Local: Café da Casa das Rosas (Av. Paulista, 37), São Paulo-SP
Quando: 16/02/2011 - Quarta-feira
Horário: 19h
Livro Escolhido: A Sociedade literária e a torta de casca de batata (Mary Ann Shaffer e Annie Barrows)

Para participar você só precisa ler o livro e enviar um email para clubebookworms@gmail.com


Encontro de Janeiro/2011 do Clube da Leitura Bookworms -Impressões

Ontem à noite participei da discussão do livro "Olhai os Lírios do Campo" (Érico Veríssimo), no Clube do Livro Bookworms, que acontece uma vez por mês no café da Casa das Rosas, aqui em São Paulo.

Foi uma noite muito divertida e aconchegante, ao lado de pessoas maravilhosas e inteligentes, que tem algo em comum comigo, a paixão pelos livros. 

O tempo que compartilhamos juntas foi tão relaxante e hilário, que nem vi o tempo passar e fiquei com aquele desejo de "quero mais" quando fui embora, já ansiosa pelo próximo encontro.

Nosso clube está aumentando. Três novas "bookworms" se juntaram ao grupo, trazendo muitas ideias interessantes para nossa roda de discussão.

Além de fissuradas por livros, algumas das integrantes são também blogueiras, por isso vou aproveitar para divulgar os sites, assim como algumas delas já fizeram no seu "cantinho virtual":

Kate Club - Blog dedicado ao cinema e temas relacionados. A Kátia propôs a si mesma um desafiio: assistir 1000 filmes em um ano!!! 

Mih e os Livros - Blog literário. A Miriã, depois de algum tempo, voltou cheia de entusiasmo para a Blogosfera, agora falando sobre livros.

Paixão por Livros - Neste blog, a Simone posta os convites para o Clube do Livro Bookworms e demais assuntos literários.

The Bookworms Clube - Blog literário. A Paula dá dicas muito úteis sobre o mundo dos livros, aponta curiosidades, faz promoções, resenhas e ainda organiza nossos encontros do Clube do Livro Bookworms.

Em breve vou postar as resenhas dos livros que já discutimos até o momento, apesar de atrasadas! :)


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

2ª Resenha - Desafio Literário 24/12 - O Hobbit (J. R. R. Tolkien)

INFORMAÇÕES GERAIS:

Título: O Hobbit
Autor: Tolkien, J. R. R
Editora: Wmf Martins Fontes
Categoria: Difícil Classificar
Acabamento: Brochura
Edição: 2009
Idioma: Português
País de Origem: Brasil
Número de Páginas: 295





CONTRACAPA:

Bilbo Bolseiro é um hobbit que leva uma vida confortável e sem ambições, raramente aventurando-se para além de sua despensa ou sua adega. Mas seu contentamento é perturbado quando Gandalf, o mago, e uma companhia de anões batem à sua porta e levam-no para uma expedição. Eles têm um plano para roubar o tesouro guardado por Smaug, o Magnífico, um grande e perigoso dragão. Bilbo reluta muito em participar da aventura, mas acaba surpreendendo até a si mesmo com sua esperteza e habilidade como ladrão!

COMENTÁRIOS E RESENHA:

O que dizer deste livro... Bárbaro! Fantástico! Incrível! Para quem é fã da Trilogia Senhor dos Anéis, O Hobbit é leitura obrigatória.

Tolkien escreveu este livro em 1937 para seus filhos, ou seja, trata-se de uma aventura infantojuvenil, apesar de muitas editoras hoje em dia catalogarem como ficção científica ou romance. 

Quando o escritor criou esta obra, nunca imaginou que ela seria apreciada pelo público adulto, tampouco que faria o sucesso que fez, dando energia e motivação a Tolkien, para conceber sua obra prima posterior, o Senhor dos Anéis.

Em O Hobbit, somos apresentados à Terra Média, suas criaturas espantosas como os Trolls, os Orcs e o dragão Smaug, que guarda o tesouro dos anões. Além disso, temos contato com os Elfos, esses seres mágicos inigualáveis e os travessos e desastrados anões, sem contar a participação do mago Gandalf, o velhinho simpático e enigmático tão bem representado no cinema pelo ator Sir Ian McKellen.

Mas a figura mais fofa e simpática da história não poderia ser outra que não Bilbo Bolseiro, o hobbit correto, de coração enorme, pacífico e muito corajoso.

Para mim, o ponto máximo de prazer literário foi quando Bilbo encontra Gollum (Smeagol) no interior das Montanhas Sombrias e lá, por meio de um jogo de adivinhação, obtém para si o "My Precious"!!! 

Lindo demais! Adorei esta leitura!
E com essa resenha, cumpri o desafio literário para janeiro!

Promoção "Sartoris" - William Faulkner - até 15/02/2011 - Participe!!

Conforme prometi, vou sortear o livro "Sartoris" (William Faulkner), da Editora Cosac Naify.
Confira a Resenha!! 

Para participar da promoção é bem simples, veja abaixo as regras:



- Ser seguidor do blog Reliaquário das Ideias;
- Ter endereço no Brasil;
- Preencher o formulário até o dia 15/02/2011;







O sorteio será realizado no dia 16/02/2011 por meio do random.org.

Participe!!! Esse livro custa hoje R$ 75,00, você não pode perder essa!!! 

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A minha voz continua a mesma, mas os meus cabelos, quanta diferença...

Bem, quem já passou por aqui hoje deve ter notado que o layout do blog mudou completamente.

Assim como cortei os cabelos bem curtinhos, para começar 2011 de um jeito bem diferente de 2010, também resolvi mudar a aparência do blog.

Eu estava usando um template da Leeloo Blogs que era lindo, mas muito pesado, o que acabava por atrapalhar os acessos as minhas páginas. Além disso, o modelo que eu vinha utilizando não tinha nada a ver com o conteúdo do site.

Espero que vocês tenham gostado da mudança, que foi só superficial, por que o blog continua o mesmo, que nem a voz da mocinha da antiga propaganda do Shampoo Colorama, alguém lembra?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

1ª Resenha - Desafio Literário 24/12 -Os Pequenos Homens Livres (Terry Pratchett)


INFORMAÇÕES GERAIS:

Título: Os Pequenos Homens Livres
Autor: Pratchett, Terry
Editora: Conrad
Categoria: Literatura Infanto-Juvenil / Literatura Juvenil
Acabamento : Brochura
Edição : 2010
Idioma : Português
País de Origem : Brasil
Número de Paginas : 262



CONTRACAPA: 

A Rainha do Reino das Fadas sequestrou o irritante irmãozinho de Tiffany Dolorida, que jamais deixaria isso barato. Com muita coragem, uma frigideira e a companhia de um sapo falante emprestado pela senhorita Carrapato, ela parte determinada a recuperar seu irmão. Sua jornada até o Reino das Fadas, no entanto, assume proporções muito maiores quando Tiffany descobre que a colisão entre a realidade e o mundo dos sonhos - e pesadelos - é iminente, e ela é a única que pode impedir o desastre.

Em seu auxílio virão os Nac Mac Feegle, os Pequenos Homens Livres, baixinhos, azuis, tatuados e beberrões, eles lutarão ao lado de Tiffany no perigoso caminho até a Rainha e a ajudarão a descobrir o que é se tornar uma bruxa de verdade.

COMENTÁRIOS E RESENHA

Comprei este livro na Fantasticon de 2010 e nunca pensei que seu autor, Terry Pratchett, era tão famoso,pois eu nunca tinha ouvido falar dele, tampouco da série Discworld. Gostei do que dizia na contracapa e por isso resolvi "provar".

Terry é um dos autores vivos mais lidos na Inglaterra e é campeão absoluto de vendas, tendo permanecido quase uma década na lista dos dez livros mais vendidos (publicação do Sunday Time). Sem falar que ele é estiloso, rs.
Terry Pratchett


Este livro, Os Pequenos Homens Livres, faz parte do Discworld, um mundo mágico criado pelo autor e local onde se passam seus romances. O Discworld é um mundo plano, em formato de disco, sustentado por quatro elefantes  que se apóiam no casco de uma tartaruga que nada pelo universo.
Série DiscWorld

Apesar da história se passar no Discworld, este livro não pertence a série regular, é voltado para um público mais jovem e pode ser lido isoladamente, sem necessidade de qualquer conhecimento sobre os outros, inclusive, só sei disso porque pesquisei na Web, a única referência na obra é a frase "uma história do Discworld".

A leitura flui muito bem, rende umas boas risadas, pois o autor faz diversos trocadilhos com as palavras, o que imagino que tenha sido um desafio ao tradutor.

Há suspense do início ao fim, o que prende a atenção, e para quem gosta de "análises de escritor", a jornada do herói está presente, com todos os seus elementos.

Além disso, o escritor, utilizando-se de diversas metáforas e situações fantásticas, deixa nas entrelinhas um conjunto de valores morais muito importantes para o seu público infantojuvenil. 

Achei hilário, criativo, mas bobinho. Sou fã de livros para crianças e adolescentes, mas não me senti tentada a ler os demais livros do Discworld. Talvez porque Terry Pratchett é conhecido por satirizar autores como J.R. Tolkien e C. S. Lewis e, como os amo, tomei as dores, rsrsrs.





domingo, 9 de janeiro de 2011

Resenha - Sartoris - William Faulkner


Título: Sartoris
Autor: William Faulkner
Tradução: Cláudio Marcondes
Texto de orelha: Adriana Lisboa
Editora: Cosac Naify
Capa dura;
Páginas: 416; Ilustrações: 1;
Dimensões: 155 x 220 mm;
Peso: 0,74 kg;
ISBN 978-85-7503-914-4









Esse romance foi publicado em 1929 e é considerado o marco do segundo período literário do escritor norte-americano William Faulkner, por ser a primeira vez em que o condado fictício de Yoknapatawpha  aparece em seus livros, local este, palco de diversos romances posteriores.

A palavra "Yoknapatawpha" é originária da língua falada pelos índios Chickasaw, uma das "Cinco Tribos Civilizadas" da história dos Estados Unidos, e significa "terra de divisão".

A localização geográfica deste condado fictício corresponde ao extremo norte do estado do Mississippi, onde Faulkner viveu a maior parte de sua vida.

O romance tem uma narrativa complexa e sombria. O autor utiliza-se da técnica de "fluxo de consciência" para descrever a saga e declínio da família aristocrata Sartoris, com saltos no tempo, em que passado, presente e futuro se misturam em frases longas, poéticas e extremamente descritivas.

Os Sartoris sobrevivem presos aos estigmas dos feitos honrosos realizados pelo falecido Coronel John Sartoris, o patriarca da família, ao longa da Guerra de Secessão, os quais nenhum descendente conseguiu reproduzir.

A história é narrada praticamente do ponto de vista de Tia Jenny, irmã do Coronel, que convive e amaldiçoa diariamente os Sartoris ainda vivos, Bayard Sartoris (Bayard Velho), filho do coronel e Bayard Sartoris (Jovem Bayard), neto deste.

Bayard Velho sente-se um fracassado, pois não tem nenhum feito heróico, digno de nota, a acrescentar em seu currículo. O Jovem Bayard, por sua vez, vive atormentado e alcoolizado, pela culpa que sente em relação à morte de seu irmão gêmeo, John Bayard, durante o tempo em que serviram juntos ao exército, na Primeira Guerra Mundial.

Todas as tragédias e histórias dos homens da família são tratados no livro como lembranças de Tia Jenny. Não há ação no passado e o presente apenas demonstra a consequência dos atos praticados por eles, tornando o futuro desta família decadente totalmente comprometido pela depressão e tristeza.

É um livro de difícil leitura, a narrativa é caótica, o que também a torna sublime, fazendo com que possamos entender o porquê de William Faulkner, um homem que sequer completou o ensino médio, ser Nobel da Literatura, ganhador de dois prêmios Pulitzer e ainda um escritor de leitura obrigatória no plano de ensino dos Estados Unidos.



Você tem coragem de dizer que não conhece Aluísio de Azevedo??? Fundador da Cadeira 4 da ABL

Aluíso Tancredo Gonçalves de Azevedo, nascido em São Luís-MA-Brasil (1857) e falecido em Buenos Aires-Argentina (1913) foi um dos mais importantes escritores brasileiros, pois foi o criador do naturalismo literário neste país.

Aluísio foi um crítico mordaz da sociedade brasileira e de suas instituições hipócritas, provavelmente como fruto de experiências pessoais bastante intensas, o que acabou por delinear toda a sua produção escrita.

 Seus pais não foram casados, mas viviam juntos, o que para a época foi escandaloso.

Sua mãe, Emília Amália Pinto de Magalhães, havia casado, contrariada, com um comerciante português aos 17 anos. Dadas as circunstâncias violentas do relacionamento, Emília, já com uma filha pequena, abandonou o marido e foi viver na companhia de amigos. Há registros que dizem que toda a sociedade de São Luís deixou de falar com ela e houve até quem lhe enviasse doces envenenados.

Passou a viver reclusa, trabalhando com costureira para sustentar a filha e a si mesma, quando conheceu o viúvo David Gonçalves de Azevedo, vice-cônsul de Portugal, com quem passou a viver sem contrair novas núpcias (não existia divórcio nesta época) e desta união resultou  cinco filhos, dois deles ilustres: Aluísio de Azevedo e Artur de Azevedo.

Aluísio foi caixeiro e guarda-livros na adolescência. Após este período, mudou-se para o Rio de Janeiro e estudou Belas Artes. Nesta época sustentava-se fazendo caricaturas para os jornais locais e ensaiava já escrever sobre o que desenhava.

Com a morte do pai em 1878, mudou-se novamente para São Luís-MA para cuidar da família, iniciando então sua carreira de escritor.

Seu primeiro romance publicado foi "Uma Lágrima de Mulher", sem grande repercussão. Dois anos depois, em 1881 lança "O Mulato", livro este que causou escândalo na sociedade maranhense, pois, além da linguagem crua,  tratava de preconceito racial em uma época em que o assunto do momento era a abolição. 

Dado ao grande sucesso da obra, Aluísio voltou para o Rio de Janeiro decidido a ganhar a vida como escritor.

O período de 1882 a 1895 foi caracterizado pela forte produção literária do autor, com produção de obras célebres como "Casa de Pensão" e "O Cortiço", esta último, leitura obrigatória para o vestibular até hoje.

Em 1895 ingressou na carreira diplomática e abandonou a vida de escritor. Casou-se com a argentina Pastora Luquez, com quem adotou dois filhos. Morreu em 1913, em Buenos Aires e lá foi enterrado. Seis anos depois, por iniciativa de Coelho Neto, a urna funerária foi removida e Aluísio foi sepultado em São Luís-MA.

Curiosidades:

-Antes de escrever um romance, Aluísio desenhava e pintava sobre papelão, as personagens principais, mantendo-as em sua mesa de trabalho, como fonte de inspiração.

- O manuscrito original de "O Mulato" é parte do acervo do Museu Histórico e Artístico do Maranhão, e foi doado para esta instituição em 2001, pelo imortal Josué Montello, um dos antigos integrantes da cadeira número 29.


Bibliografia

Obras: Os doidos (1879); Uma lágrima de mulher, (1880); O mulato, romance (1881);Flor-de-lis (1882);Casa de Orates (1882); Mistérios da Tijuca, romance (1882; reeditado: Girândola de amores); Memórias de um condenado (1882; reeditado: A condessa Vésper); Casa de pensão, romance (1884); Filomena Borges, romance (publicado em folhetins na Gazeta de Notícias, 1884); O caboclo (1886); O homem, romance (1887); Fritzmack (1889); A República (1890); O coruja, romance (1890); O cortiço, romance (1890); Um caso de adultério (1891);Em flagrante (1891); Demônios, contos (1895); A mortalha de Alzira, romance (1894); Livro de uma sogra, romance (1895); Pegados (1897);Obras completas (1939-41). Ficção Completa (em 2 volumes) de Aluísio Azevedo. Organização de Orna Messer Levin. Nova Aguilar, 2005.



Blog Sombra do Vento - Vale a Pena Visitar

No "Vale a Pena Visitar" desta semana, quero falar sobre o blog "Sombra do Vento".

Adoro as postagens da Paula, as resenhas que ela faz e os gêneros que ela lê. Assim como eu, ela adora vampiros, seriados, Stephen King, Tolkien, Twillight e nossa mestre Jane Austen!

O que acho fantástico é a simplicidade com que ela comenta as dificuldades de escrever num blog literário e da vida de um leitor "compulsivo" como por exemplo: "sou nova nesse negócio de promoções, vocês precisam ter paciência", "lembrem-me que tenho que ler todos os livros da estante antes de comprar novos", etc.  Automaticamente identifico-me com ela, pois também sou "nova" neste ramo.

O blog dá dicas muito boas do que acontece em outros blogs, em meio a posts carinhosos e de reconhecimento a nossa blogosfera literária brasileira.

Quero terminar o post citando o escritor espanhol Carlos Ruiz Zafón, cujo livro "A Sombra do Vento" serviu de inspiração para a Paula, na hora de batizar seu blog.

"Os livros são espelhos: neles só se vê o que possuímos dentro".
 Carlos Ruiz Zafón


Parabéns Paula!