quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

3ª Resenha - Desafio Literário 24/12 - Último Desejo (Lynne Graham)

INFORMAÇÕES GERAIS:

Título: Último Desejo
Autor: Lynne Graham
Editora: Harlequim Books
Categoria: Romance de Banca
Acabamento: Brochura
Edição: 2009
Idioma: Português
País de Origem: Brasil
Número de Páginas: 192







CONTRACAPA:

Ophelia estava impressionada com o fato de Lysander Metaxis querê-la como esposa. Ele, um bilionário grego com uma fila de mulheres à sua porta, e ela, uma humilde jardineira com uma mansão caindo aos pedaços e dívidas até o pescoço? Impossível!

Logo ficaria evidente que Lysander não deseja Ophelia. Na verdade, ele está somente interessado na propriedade dela... e em seu corpo! Como último recurso para salvar tudo o que mais ama, Ophelia se casará com ele, mas está decidida a resistir a suas sedutoras artimanhas...

COMENTÁRIOS E RESENHA:

Bem, sempre soube que esse seria o gênero mais complicado para mim neste Desafio Literário. Eu realmente   não curto romances de banca. A parte boa é que consegui ler rapidinho, mas sofri bastante durante o processo (Passei raiva!!! rsrs).

O que mais me incomoda nos romances de banca é o tom superficial dos textos e os valores, totalmente contrários aos meus, que são o pano de fundo desses romances. Entendo o sucesso que estes livros fizeram no passado, mas na atual conjuntura social em que vivemos, acredito que estão bem ultrapassados.

As mulheres são sempre retratadas como frágeis, mas tentando mostrar a sua força e em busca de um amor idealizado, um homem-príncipe que resolva todos os problemas para elas.

Os homens, por outro lado, são pintados como arrogantes, egoístas e violentos (seja fisicamente ou moralmente) e, o que mais me deixa perplexa, são mulherengos convictos até conhecer a heroína do livro e mudar radicalmente de personalidade.

São livros machistas, eu diria. Não sou feminista, mas tampouco sou adepta desse chauvinismo. Acredito na igualdade de direitos entre os gêneros e aqui incluo a comunidade GLS, é claro, respeitando também a desigualdade natural que existe entre os grupos. Nada como a célebre frase de Rui Barbosa na famosa " Oração aos Moços":

"A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade seria desigualdade flagrante, e não, igualdade real."

Sabemos que no mundo real ninguém uda de personalidade, mas também é notório que as mulheres ainda acreditam que podem "transformar" um homem com a força do seu amor. Há casos, mas são raríssimos.

Este tipo de livro alimenta no imaginário da mulher, uma ilusão que, se transportada para a vida real, pode magoá-la muito.

Os valores morais das personagens também não poderiam ser piores.

Neste livro, particularmente, tanto Ophelia quanto Lysander mentem, vingam-se e tratam um ao outro com total desrespeito até finalmente ficarem juntos. Há muita preocupação com dinheiro, poder e com quem "vence" a guerra, quando sabemos que, muitas vezes, vencer é abdicar.

Sei que a resenha não é favorável, mas, infelizmente eu não me identifico com este gênero.

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