sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Resenha - Amei, perdi, fiz espaguete - Giulia Melucci



INFORMAÇÕES GERAIS:

Título: Amei, perdi, fiz espaguete
Autor: Giulia Melucci
Editora: Record
Categoria: Biografia e Memórias
Acabamento: Brochura
Edição: 2010
Idioma: Português
País de Origem: Brasil
Número de Páginas: 313











CONTRACAPA:

"Todos os homens que passaram pela minha vida foram inspirações culinárias, e, se não compreendi nada do amor, pelo menos aprendi a cozinhar com a maior simplicidade, liberando o máximo de sabor, porque, quando se ama, se quer tempo para outras coisas além de comer. Mas considero a boa comida o melhor complemento para os muitos prazeres que o amor oferece.".

A deliciosa autobiografia de Giulia Melucci é um hilariante relato de seus romances frustrados e das receitas de dar água na boca que usa para seduzir seus homens e depois se consolar quando os relacionamentos terminam.

De um afetuoso alcóolatra aos clássicos homens com horror a compromisso da cidade de Nova York, e de um hippie passado da data de validade a não um, mais dois romancistas, Giulia cozinhou para todos eles.

Cada romance traz alegrias, lágrimas e um prato de massa de despedida.

Salpicadas ao longo de seus contos sobre viver e amar em Nova York estão velhas receitas de famílias italianas. A autora ensina a preparar comida reconfortante para corações machucados - os ingredientes perfeitos para capturar o coração de um namorado elusivo - e até dá as coordenadas para a horrível "sopa bêbada", feita para ela às quatro da manhã por um homem que claramente não era o "tal".

Irresistível e apetitoso, "Amei, perdi, fiz espaguete" é uma história sobre amor, paixão e, claro, boa comida.


COMENTÁRIOS E RESENHA:

Depois de fazer o escrutínio de sempre na hora de adquirir um livro, ou seja, ver se a capa e o título me agradam, ler a contracapa, orelhas e o início do primeiro capítulo, fazendo um paralelo mental com meu estado de espírito para categoria de leitura do momento,  resolvi comprar esta obra e comecei a lê-la no shopping, sentada confortavelmente numa poltrona da Starbucks, bebericando meu frapuccino.

O livro é leve, flui muito, li em poucas horas. Dei risadas e fiquei com vontade de cozinhar todas as receitas maravilhosas que a Giulia ensina ao longo da obra. Adorei os títulos das receitas e modos de preparo, que ela, espirituosamente altera conforme seu humor em relação a um dos "desclassificados" que namora.

O enredo está longe ser como "Comer, rezar, amar" ou mesmo "Como água para chocolate", este último inigualável, mas cativa desde o início, pois não há como não se identificar com Giulia e seus fracassos amorosos. Uma mulher bem sucedida profissionalmente, com um grande número de amigos, mas que não consegue ter o que mais quer: um marido e, quem sabe, até filhos, este último desejo, deixado de lado com o passar do tempo.

O interessante é observar que Giulia, como a maioria das mulheres que foram criadas em um ambiente conservador e sexualmente repressor, sofre de uma intensa baixo autoestima e, consequentemente, autodesvaloriza-se, permitindo que homens egoístas, problemáticos e que não conseguem perceber a mulher incrível que está diante deles, a machuquem profundamente.

Também está claro o quanto Giulia é dependente da aprovação alheia e como cria relações simbióticas com seus namorados, que acabam por interferir em sua individualidade, mascarando e lesando o seu próprio eu.

Há momentos em que o primeiro pensamento que vem a cabeça do leitor é "Giulia, peloamordedeus, pára! Ele não merece que você faça isso por ele", mas, depois de alguns segundos, a única coisa que se pensa é "Giulia, você é maravilhosa, pena que esse bossal nunca vai enxergar isso".

Eu diria que é um livro que trata dos dilemas das mulheres solteiras de hoje, que vivem em grandes metrópoles, são bem sucedidas profissionalmente, mas ainda não encontraram um homem que valha a pena.

Livro para ser ler nas férias, quando não se quer pensar muito, mas se quer dar boas risadas.

Um comentário:

  1. Oi Carol, também fiquei com vontade de ler esse livro, acho que porque também adoro comida kkkkkkkk

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