sábado, 4 de dezembro de 2010

Academia Brasileira de Letras - Overview

A Academia Brasileira de Letras (ABL) foi fundada em 20 de julho de 1897, por Machado de Assis, no Rio de Janeiro-RJ, tendo como foco o cultivo e o aprimoramento da língua e da literatura nacional.

É formada por 40 membros efetivos e perpétuos (cargo vitalício), eleitos em votação secreta. Além disso, conta com a participação de 20 membros estrangeiros que atuam como correspondentes. Pelo estatuto da Academia, somente podem se candidatar os brasileiros natos, que tenham, em qualquer dos gêneros da literatura, publicado obras de reconhecido mérito ou livro de valor literário fora desses gêneros. Pelo menos 25 dos membros devem residir no Rio de Janeiro.


Está sediada na Av. Presidente Wilson, nº 203, Castelo, Rio de Janeiro-RJ, no Palácio Petit Trianon, doado pelo governo francês em 1923. Este palácio foi construído por ocasião da Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil no ano anterior.



Trata-se de uma réplica do palácio de mesmo nome, construído no século XVIII, pelo rei da França Luis XV, para sua amante preferida, Madame de Pompadour, no interior do Parque do Palácio de Versailles, nas proximidades de Paris.




Conta ainda com o Palácio Austregésilo de Athayde, ao lado do Petit Trianon, onde se situa a diretoria da Academia.




A ABL confere aos escritores diversos prêmios literários desde 1909. Após a reforma do regimento interno da Academia, em 1998, e mais algumas alterações recentes, os prêmios que passaram a ser concedidos anualmente são os seguintes:

Prêmio Machado de Assis - para conjunto de obras
Prêmio ABL de Poesia
Prêmio ABL de Ficção
Prêmio ABL de Ensaio
Prêmio ABL de Literatura Infantojuvenil
Prêmio ABL de Tradução
Prêmio ABL de Ciências Sociais

Além destes, há  prêmios  de outras periodicidade:

Prêmio Francisco Alves (de 5 em 5 anos) - Monografias sobre o Ensino Fundamental e a Língua Portuguesa 

Prêmio Senador José Ermínio de Moraes - patrocinado pelo Grupo Votorantin e pela família Ermínio de Morais

É comum, ainda,  a Academia conceder premiações por ocasião de alguma comemoração como ocorreu em 2001 com o Prêmio José Lins do Rego e em 2005 com o Prêmio Afonso Arinos.

A ABL também oferece ao público diversas publicações literárias, que se iniciaram em 1923. Atualmente publica a Revista Brasileira, as coleções Afrânio Peixoto, Astregésilo de Athayde e Antônio Morais Silva, os Anais da ABL e os Discursos Acadêmicos.

A Academia é bastante criticada pelo público por não ter tido suas cadeiras ocupadas por monstros sagrados da literatura como Monteiro Lobato, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Vinícius de Moraes e Mário Quintana. Além disso, concedeu a honra da imortalidade a figuras controversas como o ex-presidente José Sarney, o cirurgião plástico Ivo Pitanguy e o polêmico escritor Paulo Coelho.

Há quem diga ainda que a Academia deixa a desejar quando se trata da realização de projetos de fomento a cultura e a formação de novos leitores, pois, apesar de possuir verba, não promove campanhas de alfabetização ou mesmo procura incentivar a reedição de obras esgotadas.

Por outro lado, vale a pena dar uma passadinha rápida no site da ABL e fazer um pequeno tour por lá. É possível fazer o download de diversas publicações, enviar dúvidas sobre a língua portuguesa e obter esclarecimentos, realizar visita virtual ao Petit Trianon, etc, etc, etc...

Bem, para esta semana era isso. 

Na próxima postagem irei falar sobre Luís Murat, o fundador da cadeira número 1.

Até lá!

2 comentários:

  1. Passei para te dar as boas vindas,
    te adicionar como amigo,
    seguir suas noticias e te desejo sucesso na divulgação e nas postagens,
    Abçs Marivan

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  2. Marivan, muito obrigada por todo este incentivo! Espero que as postagens futuras continuem te agradando. Abraços

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