O Nobel da Literatura é o prêmio considerado de maior honra e distinção para um escritor. Ele é oferecido pela Academia Sueca e foi criado por Alfred Nobel em 1901.
Segundo seu idealizador, é conferido a escritores de qualquer nacionalidade que tenham produzido o "mais magnífico trabalho em uma direção ideal" (em sueco: den som inom litteraturen har producerat det utmärktaste i idealisk riktning). Isto quer dizer que o prêmio é atribuído ao conjunto da obra e não a apenas um livro em particular.
O prêmio anual já contemplou 107 escritores desde 1901 e deixou de ser concedido em sete ocasiões: 1914, 1918, 1935, 1940, 1941, 1942 e 1943. Por outro lado, a Academia já contemplou dois escritores no mesmo ano: 1904, 1917, 1966 e 1974.
Curiosamente, dois escritores recusaram o prêmio: Boris Pasternak (1958), por pressão do governo soviético e Jean Paul Sartre (1964), que entendia que perderia sua identidade de filósofo se aceitasse a honra.
Dois prêmios foram concedidos postumamente: Erik Axel Karfeldt (1931) e Dag Hammarskjöld (1961). Em 1974 o Estatuto da Fundação Nobel foi alterado, o que impede atualmente que o prêmio seja conferido a escritores que não estão mais entre nós.
A medalha da Academia Sueca, desenhada por Erik Lindberg, representa um jovem sentado sob uma árvore de louros encantada, que ouve e transcreve os sons da sua musa.
Há também uma inscrição em latim, retirada da Eneida, de Virgílio (6:663) "inventas excoluisse juvat vitam por artes", que, numa tradução livre, quer dizer "e aqueles que melhoraram a vida na terra pela sua recém encontrada maestria".
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Como toda premiação, o Nobel de Literatura é polêmico, pois alguns críticos entendem que a academia comete equívocos. A título de curiosidade, escritores que contribuíram mundialmente para esta arte como Leon Tolstoy, Marcel Proust, James Joyce, Franz Kafka e Jorge Luiz Borges nunca foram laureados.
Na semana que vem o assunto será o francês Sully Prudhomme (1839-1907), o primeiro prêmio Nobel da Literatura.
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